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Setor de tecnologia se articula para reduzir desafios

Sindinfor e Assespro-MG estão com uma série de iniciativas junto a representantes públicos

Mais de 65% das empresas de Tecnologia da Informação (TI) de Minas Gerais estão localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No entanto, a capital mineira ainda possui desafios no desenvolvimento e implementação de políticas públicas e programas que solidifiquem a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) da própria cidade e do Estado.

Em vistas a contribuir para o fomento da atividade, o Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Sindinfor) e a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro-MG) estão com uma série de iniciativas junto a representantes públicos da Capital. O objetivo é auxiliar na estruturação do ambiente para o fomento de empresas de software e base tecnológica.

Neste sentido, após o desenvolvimento de um projeto de incentivo financeiro para negócios de base tecnológica, que já tramita na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), representantes do setor agora se articulam com o Executivo da cidade no intuito de apresentar as potencialidades e os entraves ainda existentes no município.

Segundo o presidente do Sindinfor, Fábio Veras, uma frente importante de interlocução e gestão de projetos tem sido estabelecida também com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Na última semana, uma agenda com o novo secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Fernando Campos Motta, permitiu a apresentação e discussão de assuntos caros ao fomento do ecossistema de tecnologia da Capital.

“Tanto o fortalecimento das empresas de base tecnológica existentes quanto a criação de novas são apostas para o adensamento do sistema e a diversificação da economia da cidade, culminando com a geração de emprego de qualidade. Para isso, porém, precisamos de projetos e programas que permitam o fortalecimento do ambiente de negócios para o setor. O incentivo financeiro a esse tipo de negócio, ao primeiro emprego tecnológico e a criação do Distrito de Inovação Prates Tech são algumas destas iniciativas”, explica.

A iniciativa privada toma como base cidades que têm se despontado no fomento à TI, como Florianópolis, Recife e São Paulo. A capital catarinense, por exemplo, conseguiu ampliar em quase 700% o número de empresas de base tecnológica em um período de dez anos. Em 2010, a cidade contava com 489 e chegou a 2020 com 3.900. O que elevou também a participação do setor no PIB local.

“Antes, a ordem de importância era setor público, comércio, turismo e TI aparecia como um subgrupo do grupo ‘outros’. Hoje, a atividade lidera o PIB da cidade, produzindo bilhões de receitas por ano e gerando empregos de qualidade. O que permitiu essa evolução foi a combinação de políticas de fomento lideradas pelo município com leis e recursos. Belo Horizonte também pode seguir esse caminho, basta ter políticas públicas adequadas. Mas isso requer visão de futuro e é nisso que temos buscado trabalhar junto ao legislativo e ao executivo municipal”, reforça.

Já em Minas Gerais, conforme Veras, algumas cidades também já se despontam como referência para a Capital: Nova Lima (RMBH), Bom Despacho (Centro-Oeste) e Uberlândia (Triângulo).

“Nova Lima tem um conjunto de traços articulados, bem como programas de idealização, pré-aceleração e aceleração de startups; Bom Despacho tem um hub focado na diversificação de sua economia; Uberlândia tem alguns dos venture capital mais fortes do Brasil. Isso porque todas essas cidades possuem um ecossistema coeso, enquanto o de Belo Horizonte é mais disperso”, conclui.

Fonte: Diário do Comércio – Mara Bianchetti